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Gaming Disorder

set. 14, 2023

Gaming Disorder:



O que é, seu impacto e consequências em crianças e adolescentes.

Saiu no Estadão do último dia 5 de agosto de 2023 uma reportagem sobre a chamada “Gaming Disorder”, o vício das crianças de 9 a 10 anos de jogar online e os impactos negativos do seu uso em excesso como prejuízos no convívio familiar, na escola, distúrbio no sono e no humor. O mesmo prejuízo se observa com o uso exagerado das redes sociais por crianças e adolescentes e isso tem se tornado uma preocupação crescente para pais, educadores e profissionais de saúde mental. Enquanto a tecnologia pode oferecer benefícios e oportunidades de aprendizado, seu uso descontrolado pode ter impactos negativos significativos no comportamento psicológico e emocional das jovens gerações. Abaixo coloco alguns exemplos dos prejuízos que podem decorrer:


1. Isolamento Social e Redução da Interatividade Presencial: O uso excessivo de videogames e redes sociais muitas vezes leva a uma diminuição no tempo dedicado a interações sociais face a face. Isso pode resultar em isolamento social, dificuldade em estabelecer conexões reais e falta de habilidades de comunicação interpessoal. A falta de contato pessoal pode contribuir para sentimentos de solidão e ansiedade.


2. Impacto na Saúde Mental: A exposição constante a imagens idealizadas nas redes sociais pode levar a comparações negativas e baixa autoestima. Além disso, o tempo excessivo dedicado a videogames violentos ou conteúdo perturbador pode aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde mental, como agressão, depressão e ansiedade.


3. Distúrbios do Sono: O uso excessivo de telas, especialmente antes de dormir, pode interferir nos padrões de sono das crianças e adolescentes. A exposição à luz azul das telas pode inibir a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono, levando a dificuldades de adormecer e a um sono de má qualidade. Isso, por sua vez, pode afetar o humor, o desempenho acadêmico e a saúde em geral.


4. Vício em Tecnologia: Videogames e redes sociais são projetados para serem envolventes e recompensadores, o que pode levar a comportamentos de vício. O uso excessivo pode levar a dificuldades em controlar o tempo gasto nessas atividades, negligenciando responsabilidades e atividades mais saudáveis.


5. Impacto no Desenvolvimento Cognitivo: O uso excessivo de telas pode afetar negativamente o desenvolvimento cognitivo, especialmente em crianças em idade escolar. O tempo gasto em videogames e redes sociais muitas vezes substitui atividades mais educativas, como leitura, estudo e exploração do mundo real.


6. Promoção de Hábitos Sedentários: O tempo gasto em frente às telas muitas vezes está associado a um estilo de vida sedentário, o que pode contribuir para a obesidade e problemas de saúde física. A falta de atividade física também pode afetar negativamente o bem-estar emocional das crianças e adolescentes.


Definitivamente a tecnologia se tornou uma parte integrante da vida moderna e traz inúmeros benefícios (lazer, aproximação e contato entre amigos e familiares separados por distâncias, ferramenta importante para melhorar e democratizar o acesso à educação, etc) mas é importante reconhecer e abordar os impactos potencialmente negativos do uso excessivo de videogames e redes sociais, especialmente em crianças e adolescentes. O grande desafio é educar as jovens gerações sobre o uso equilibrado da tecnologia, e procurar incentivar muito as atividades presenciais e promover um ambiente de apoio e comunicação aberta sem a presença de telas, principalmente em determinados momentos, tanto no convívio familiar como na escola. Esses são passos importantíssimos e essenciais para mitigar os riscos associados ao comportamento psicológico deletério relacionado à tecnologia.


Por favor, mais convívio, mais diálogo, mais natureza e menos tela!


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Dados significativamente preocupantes foram revelados neste ano em relação a cobertura vacinal no Brasil. Frente ao medo da epidemia do covid-19, a baixa percepção da população sobre o risco de poder contrair doenças que já haviam sido erradicadas, a falta de algumas vacinas que são disponibilizadas gratuitamente no SUS e a uma difusão extremamente equivocada realizada pelos movimentos antivacinas, incentivando a não vacinação das crianças , o Brasil atingiu a pior série histórica de cobertura vacinal em 20 anos para vacinas importantíssimas como as que protegem como doenças graves como tuberculose (57,4 % dos recém nascidos imunizados)e poliomielite (59,5%). Outras 7 vacinas tiveram o menor índice de procura para imunização em 7 anos. O Brasil tem uma das melhores coberturas vacinais do mundo e, infelizmente, voltamos a ter doenças que eram consideradas erradicadas no país, como surtos de sarampo (10.000 casos em 2019 somente no estado de SP), aumento da incidência de meningite pelo meningocócica W no sul do Brasil, entre outras. E mesmo com as campanhas alertando para a importância de se vacinar contra sarampo frente ao aumento de casos da doença, somente 60% das crianças receberam a proteção com a vacina tríplice viral. Isso é chocante e muito preocupante. Tivemos epidemias gravíssimas por meningite meningocócica do tipo A e C nos anos 70 e com a introdução da obrigatoriedade da imunizações contra a bactéria Haemophilus influenzae inserida gratuitamente no calendário vacinal no final dos anos 90, a incidência da meningite grave, pneumonias e de outras infecções causadas por esse micro-organismo diminuiu drasticamente. Com a menor taxa de imunização, corremos o risco de ter a volta de outras doenças virais graves, como a poliomielite, que pode provocar sequelas definitivas gravíssimas, tais como, paralisias dos membros inferiores, atrofias musculares, além de outros quadros neurológicos. Houve uma grande incidência de casos de poliomielite principalmente nos anos 70, com surto de mais de 3590 casos em 1975, sendo que mais de 26.000 crianças foram diagnosticadas entre de 1968 até 1989. Graças às campanhas de vacinação e incorporação das vacinas Sabin e depois VIP no calendário vacinal anual, o poliovírus foi erradicado no país desde o final dos anos 80. Mas o que leva a acontecer os movimentos antivacinas e o crescimento deles? Embora todas pesquisas e os dados comprovados pela ciência e medicina nos últimos 50 anos demonstrem a eficácia e segurança das vacinas, existe uma proliferação de conteúdos imprecisos e enganosos que se espalham pelas redes on line. Como frequentemente os pais recorrem cada vez mais a internet e as mídias sociais para obter informações e formar opiniões e conclusões sobre a saúde de seus filhos, as consequências dessas informações imprecisas e não científicas acabam reverberando off-line no cotidiano dessas famílias. Esses websites (infelizmente mais de 500), ganham dinheiro vendendo falsos remédios e são impulsionados pelas redes sociais que propagam fakenews absurdas e mentirosas, como por exemplo a associação das vacinas como agentes desencadeadores de autismo, o que é uma barbaridade descomunal. Recentemente o ascendente movimento antivacinação foi incluído pela Organização Mundial da Saúde como um dos 10 maiores riscos a saúde global, que em seu relatório descreveu-o como ameaça tão grave quanto alguns vírus que aparecem na lista, como o Coronavírus; sendo que esse movimento se constitui numa ameaça definitiva capaz de reverter e prejudicar o progresso alvissareiro conquistado no combate a doenças plenamente evitáveis com a correta vacinação, como nos casos da poliomielite, sarampo, hepatite B, tuberculose, entre tantas outras. Esses ativistas antivacinas (anti-vaxxers) devem ser enfrentados e todos os profissionais de saúde, agentes sanitários, governos municipais, estaduais e o próprio governo federal devem se opor à grave ameaça que esse movimento representa para a saúde de todas as crianças. Por fim a vacinação é uma das formas mais eficientes para impedir o aparecimento ou reaparecimento de doenças virais e bacterianas, evitando anualmente mais de 3 milhões de mortes, sendo que outras 1,5 milhões poderiam ser evitadas se a cobertura vacinal pudesse ser melhorada. Por isso pais, lembrem que não obstante estejamos assustados com a epidemia da covid-19, as outras doenças também estão acontecendo e podem ser preveníveis pela correta vacinação e visita periódica ao pediatra ou clínico. Todos juntos pela defesa da vacinação e contra o absurdo desse movimento antivacinas, pois assim estaremos defendendo as vidas de nossas crianças. Dr. Roberto Plaza. 05 de Outubro de 2020
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